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Quais os novos sinais de covid-19 que as autoridades americanas acrescentaram à lista
Postado em 30/Abril/2020
Desde o primeiro caso notificado na atual pandemia de coronavírus, em dezembro, na China, os principais sintomas atribuídos à doença covid-19 são tosse seca persistente, febre e cansaço.
No entanto, ao longo dos meses e com a rápida propagação do vírus, que já atingiu mais de 3 milhões de pessoas, surgiram diversos outros sinais associados à enfermidade.
Em razão das observações feitas por médicos de diversos países e de um número elevado de estudos internacionais recentes (a maioria ainda sem revisão crítica de pares acadêmicos), o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos decidiu incluir seis novos sintomas na lista que se atribui à covid-19.
Além dos conhecidos tosse, febre e fadiga, o CDC apontou:
tremores e calafrios que não somem
dor muscular
dor de cabeça
dor de garganta
perda recente de olfato ou paladar
Esses sintomas, não necessariamente todos, mas uma combinação deles, podem se manifestar entre 2 e 14 dias depois de a pessoa contrair o vírus, afirmou o CDC.
Aumentar essa lista de sinais, dizem especialistas, servirá para determinar quais pessoas precisam ser testadas para identificar se têm ou não o vírus, e também para entender melhor quando alguém deve se isolar por suspeita de infecção da covid-19.
OMS mantém lista
Até o momento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) não fez mudanças em sua lista de sintomas.
A instituição destaca que febre, tosse seca e fadiga são as principais formas em que a enfermidade se manifesta, e alguns pacientes podem desenvolver também dores no corpo, congestão nasal, dor de garganta ou diarreia.
O site da OMS acrescenta que esses sintomas são geralmente leves e se desenvolvem de forma gradual.
Embora a descrição dos sintomas seja diferente entre a OMS e o CDC americano, ambas concordam em quando procurar ajuda médica de emergência.
Dizem que isso deve ser feito quando o paciente tem dificuldade em respirar ou sentir pressão ou dor no peito.
O que fazer se estiver com os sintomas?
A recomendação do Ministério da Saúde é que qualquer um que apresente sintomas de gripe fique em isolamento domiciliar por 14 dias e só procure o hospital se o quadro piorar, se houver dificuldade de respirar.
Lá, os médicos vão auscultá-lo, checar sua oxigenação sanguínea, para avaliar se ela está dentro dos parâmetros de normalidade, e eventualmente fazer uma tomografia dos pulmões, para avaliar se há algum tipo de comprometimento.
Dependendo do resultado, se confirmado um quadro de pneumonia, por exemplo, os médicos podem optar pela internação.
O médico pneumologista Fernando Didier, do HCor, faz uma recomendação: o ideal, para quem apresenta sintomas leves, é tentar administrá-los em casa, repousando, tomando bastante líquido.
Procure as unidades básicas se não tiver alívio dos sintomas.
Se o diagnóstico de covid-19 for confirmado, o Ministério da Saúde orienta que o paciente deve ser isolado dos demais moradores da casa.
Isso vale também para os casos suspeitos, já que no Brasil há uma escassez de testes, e muitos casos leves não estão sendo diagnosticados.
O ideal é que a família tome todas as precauções para evitar que outras pessoas que dividem o mesmo espaço fiquem doentes. Assim, a pessoa com sintomas deve transitar pelos espaços compartilhados de máscara e evitar partilhar utensílios domésticos — talheres, copos, toalha, cadeiras.
Ela deveria ainda dormir em um quarto separado, com boa ventilação, que fique com a porta fechada.
Para milhões de brasileiros, entretanto, não é algo simples seguir essas recomendações, seja porque dividem o imóvel com muitos parentes ou porque vivem em uma casa de um cômodo só.
E é aí que as medidas de prevenção se tornam ainda mais importantes: lavar as mãos com frequência, evitar levá-las aos olhos, nariz e boca, usar o álcool gel para higienizar as mãos quando não for possível lavá-las e manter as superfícies da casa limpas.
Na maioria dos casos, o corpo consegue lutar contra o novo coronavírus, e a recuperação acontece sem a necessidade de tratamento específico.
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